Edição nº 12566 13/11/2009
ZILMA M. GOMES Anterior | Índice | Próxima
Ensinar ou aprender com tecnologia?
Formada em Biologia no ano 2005/01 e tendo abraçado a docência como profissão por opção, pois acredito piamente que o educador pesquisador pode e deve permear novos caminhos que visem instrumentalizar conceitos antigos e arcaicos dentro de uma linguagem que facilite o complexo no simples ou o “sem graça” no lúdico que instrui.
Sei que, enquanto educadora que a escola como instituição de ensino deve ser ativa e contínua visualizando um aprendizado que caminhe na mesma velocidade da tecnologia. Naturalmente o Professor é tido dentro desse contexto como a ponte que une o estudante aos meios de comunicação levando-o à busca desse aprendizado, porém integrando o mesmo a um senso de criticidade.
O computador na escola pode não revolucionar a educação no Brasil e porque não dizer em qualquer parte do mundo, afinal, sabemos que o aluno ainda é o ator principal dessa construção tão pessoal se considerarmos suas habilidades e questões culturais. É necessário estímulo e essas máquinas tão atrativas com certeza podem ser uma motivação a mais que dará ao professor subsídios para tão árdua tarefa, que é fazer com que ele apreenda o aprendizado.
Nós, educadores temos a árdua missão de levar os alunos a produzirem seus conhecimentos de maneira reflexiva e não impositiva, mas com os recursos tradicionais, nos quais fomos educados e formados podemos perceber que a desvantagem faz a diferença no que diz respeito a prender a atenção de nosso público alvo.
Ora, então, encontro-me do lado de lá quando percebo que agora devo aprender as benesses a mim oferecidas pela tecnologia informatizada, caso contrário não conseguirei correr atrás dessa avidez contínua da Educação Escolar, sobretudo se pensar no avanço da tecnologia globalizada e relevante para a educação, pois a mesma não só aproxima culturas, facilita pesquisas científicas que muitas vezes desfaz conceitos pré-estabelecidos aguçando essa criticidade formadora de opinião, como enriquece o intelecto.
No âmbito social e profissional sei que tenho uma enorme simpatia pelo uso da informática no ensino e aprendizagem como instrumento metodológico. Reconheço sua importância nessa discussão, porém por vezes me vejo atrapalhada em meio aos complicados processos que envolvem as máquinas, é como se fosse o medo do desconhecido. Tenho consciência de que as reciclagens são extremamente importantes, principalmente porque sempre acreditei que em ciências não existem verdades absolutas. O estudante pode constatar de forma rápida e eficiente, através dessa globalização que a internet lhe oferece, que a realidade vivenciada por ele pode não ser efetivamente a de um estudante de outra cultura.
Todas essas observações me levam a procurar o lugar de aluna no intuito de adquirir mais experiência e explorar essas novas propostas. Descobri de forma racional e absolutamente positiva que um universo informatizado mora ao lado. Todavia, cabe a mim, profissional da educação explorar meu potencial de forma instigante e não escravizada oportunizando utilizar tanta tecnologia igualmente a meu favor como aluna e a favor do meu foco de trabalho; o estudante.
* ZILMA MOZER GOMES, Bacharel em Ciências Biológicas, especialista em Saúde Pública e Ambiental e Professora da rede estadual zilmamozer@terra.com.br
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