segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012



Existem dias que quero estar com muitos amigos...e as vezes quero estar simplesmente com meu melhor amigo, o FRED.

INTERPRETACAO DO POEMA “JOSÉ”

O belíssimo poema de CARLOS DRUMOND DE ANDRADE, retrata o homem comum como tantos outros e que, pôr acaso pode ser um José, apenas mais um José perdido na multidão. Aquele José que anseia felicidade, sucesso, paz de espirito, que tem sede de cultura, que protesta pôr justiça e pôr seus direitos, que sonha com o aconchego familiar, que fala a voz do povo que muitas vezes não é ouvida.
E... mas esses Josés que a vida apresenta, as vezes derrapam nas adversidades do destino e dão de encontro com a humilhante interrogação que insiste em não se calar E AGORA?. E quando ele olha para traz e percebe que seus ideais, suas metas e objetivos não passarão de sonhos irrealizáveis, fantasias de um homem que apenas queria uma chance na vida. Olha a sua volta e se vê sem família, já não fala com tanta fluência, pois a humilhação tem a capacidade de fraquejar a integridade de um homem derrotado, os amigos sumiram e agora já não tem mais o que protestar, pois não tem mais ninguém para ouvi-lo, afinal não é alguém de importância. Tudo é passado e cheira a mofo, já não adianta mais nada, nem a doce palavra nem o ódio, nem seu pouco conhecimento, pois ninguém se importa com sua doença ou fome, José já não tem mais dinheiro e tudo nele é muito transparente como um terno de vidro que lhe deixa vulnerável.
Já não existem mais portas para serem abertas, porque não há mais perspectivas de vida, os sonhos foram desfeitos, não há mais para onde voltar, não tem mais ninguém esperando.
Mas apesar de todas as necessitudes da vida José, é duro e não se cansa e nem morre facilmente.
Não crê em mais nada na vida, sua alma esta vazia, não tendo teto para se abrigar nem religião para se apegar, mas mesmo assim, José como tantos Josés do Brasil procuram um caminho onde poderão encontrar respostas para suas interrogações e já sem forças para correr contra o tempo José marcha resignado carregando sempre consigo a teimosa interrogação PARA ONDE?

Por Profª Zilma Mozer