As plantas tóxicas são organismos que apresentam uma vasta diversidade de substâncias químicas nocivas aos animais devido ao seu metabolismo, sendo que diversas dessas substâncias podem causar envenenamento graves em seres humanos ou animais. O oxalato de cálcio ao ser ingerido causa sensação de queimação e destrói a mucosa do aparelho bucal, sendo essa substância correspondente há uma forma de defesa desses vegetais contra herbívoria. No Brasil, tais intoxicações correspondem a uma parcela significativa, segundo a Organização Mundial de Saúde 2% do número de atendimentos em hospitais e outras unidades de saúde. Portanto, para que a população se conscientize dos principais aspectos dessas intoxicações, faz-se necessário a identificação e divulgação contínua de informações atualizadas das espécies, de modo a diminuir a incidência de acidentes pôr essas plantas.
Levando-se em consideração tais problemas, elaboramos esta pesquisa visando coletar e acompanhar alguns aspectos da biologia das plantas tóxicas mais freqüentes em nossa região, tanto nativa quanto exóticas, sendo as mesmas cultivadas no Horto Florestal Tote Garcia Cuiabá – MT, tendo como objetivo a orientação de alunos do ensino fundamental e médio, bem como de visitantes em geral, procurando levar esclarecimento que possam ser repassados de maneira que o convívio com as referidas plantas seja de respeito e harmonia, uma vez que varias espécies são ornamentais.
A família Araceae (Anturio – Anthurium andraeanum Liden, Comigo - ninguém – pode – Dieffenbachia picta Schott e Tinhorão – caladium sp.) é a de maior freqüência em casos de intoxicação apresentando um percentual de 32,2%, Euphorbiaceae (Coroa – de – cristo - Euphorbia milii Des Moulins, Mamona – Ricinus communis L.) com 30,3% Solanaceae (Beladona – Atropa belladonna L. e Saia – branca – Brugmansia suaveolens) com 7,9% sendo o oxalato de cálcio o mais freqüente agente causador de intoxicação, encontrado especialmente na família Araceae (Oliveira, Godoy & Costa, 2003). Ao término dessa pesquisa esperamos que ao ampliar o conhecimentos dos principais aspectos biológicos das espécies estudadas, possamos atingir o público alvo referenciado, alertando sobre seus riscos e sintomas, de modo a instruir adultos e crianças do uso indiscriminado desses vegetais, assim sendo, colaborando com o conhecimento científico e social.
Anna Cristina de Freitas, Cláudio Júnior Gretter, Vagson Batista, Zilma Mozer, Josué Ribeiro da Silva Nunes.
Universidade de Cuiabá - UNIC
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